quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Basta de crimes, basta de impunidade - Manifestação em Lisboa, dia 24, sábado, 15 horas, Largo Camões


Em 22 dias, as tropas de Israel mataram 1 300 palestinianos, metade delescrianças e mulheres.Bombardearam casas, escolas, hospitais, sedes de agências noticiosas.Usaram munições de urânio e fósforo branco contra a população.Destruíram culturas e gado, oficinas, redes de saneamento e de energia.Mataram condutores de ambulâncias e de camiões de ajuda humanitária.Impediram o socorro aos feridos.Deixaram 100 mil pessoas sem abrigo e 400 mil sem água.Não se sabe quantos corpos estão ainda debaixo de escombros.


A suspensão do ataque não é uma verdadeira trégua.Israel acha-se no direito de voltar a atacar onde e quando quiser.Mantém o bloqueio com que estrangula Gaza, vai para dois anos.Usa o terror como uma espada suspensa sobre a população palestiniana.


Israel repete crimes em total impunidade.Ri-se das resoluções das Nações Unidas que o condenam.Despreza a opinião pública mundial que o incrimina.Faz luxo em ser um Estado fora da lei, seguro do apoio dos EUA e da UE,Portugal incluído.


Exijamos o fim dos crimes, o fim da impunidade, o fim da cumplicidade.

Fim do massacre do povo palestiniano.

Fim do bloqueio a Gaza.

Fim da ocupação dos territórios da Palestina.

Alto ao terrorismo de Estado.

Julgamento dos crimes de guerra de Israel.

Israel deve pagar pelas mortes e pelas destruições.

Boicote a Israel.


Tribunal-Iraque (Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque)Lisboa, 20 Janeiro 2009

domingo, 18 de janeiro de 2009


Peões agredidos e detidos pela polícia na Zona Pedonal de Almada

Esta 6ª feira, desde as 16h00, decorreu uma celebração da Zona Pedonal de Almada. Esta iniciativa, organizada por um movimento de cidadãos, visava reclamar o espaço de uma zona pedonal que é diariamente atravessada por centenas de automóveis. Passadas duas horas de celebração, a polícia carregou sobre os peões para permitir a passagem dos automobilistas pela zona pedonal. 2 pessoas foram detidas e 3 foram hospitalizadas.

Durante 2 horas, os cidadãos puderam celebrar pacificamente a zona pedonal. Houve percussão, jogos tradicionais e lanche oferecido a todos os peões da zona. Centenas de transeuntes passaram pela zona, manifestando o seu apoio e juntando-se à celebração.Foi quando a percussão voltou a tocar, que a polícia interviu para abrir espaço para os automobilistas, empurrando idosos no chão e uma pessoa com um bébe no colo. A jovem mãe e cidadã do movimento, Silvia Hable, conclui:" Estes acontecimentos mostram quem manda na zona pedonal. Centenas de automóveis circulam por esta zona todos os dias, com ou sem autorizações especiais e sempre em excesso de velocidade. Quando nós, peões, decidimos finalmente usufruir de um espaço a que temos direito, somos corridos à bastonada pela polícia.”A intervenção resultou em 3 feridos e 2 detenções. Os feridos foram transportados para o hospital, um deles com um traumastismo craniano e uma senhora continua internada até agora.

Os cidadãos ficaram chocados pelos acontecimentos de hoje no Centro da Almada. O movimento cívico vai continuar as suas celebrações já na próxima semana.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Dia 17 de Janeiro, Sábado, às 16h, vem protestar contra a brutalidade policial. Contra a violência do estado. Vem exigir justiça!

Passaram-se nove dias sobre o assassinato do Kuku, sem que as autoridades mostrem qualquer sinal de querer revelar a verdade. Kuku Foi enterrado no passado sábado e com ele todos esperam que seja enterrado mais um crime violento cometido pela policia racista, com a cumplicidade dos média e todos @s que ficaram silenciosos perante o renascimento da pena de morte em Portugal.
Gerou-se um movimento de solidariedade à família de Kuku através da venda de CD's, T-Shirts e donativos que têm ajudado a suportar algumas despesas.
Nos próximos dias 24 e 31 de Janeiro (sábado), pelas 20h,no Centro de Cultura Libertária, irão realizar-se dois jantares para o mesmo efeito.
No entanto, mais que demonstrar solidariedade, é preciso exigir justiça. Lutar por ela. Não queremos deixar que esta execução caia no esquecimento como o caso do Angoi, Tony, PTB, Tete, Corvo, etc.
Até os maiores criminosos, o que não era o caso de Kuku, (ao contrario do que propagandearam os média racistas), têm direito a um julgamento nu tribunal, mesmo sabendo que este também não é sinonimo de justiça. Mas em Portugal a justiça e cada vez mais um privilégio dos ricos. Para os pobres negros, ciganos, brancos, as autoridades reservam execuções sumárias feitas nas ruas, nas viaturas e esquadras de policia.
De Paris a Atenas a São Francisco (onde no dia 1 de Janeiro a policia assassinou um jovem negro de 22 anos), a Amadora, esta a acontecer por todo o lado. Qual será o próximo bairro? O meu? O teu? Quem será o próximo? Eu? Tu?
Basta. Dia 17 de Janeiro, Sábado, às 16h, vem protestar contra a brutalidade policial. Contra a violência do estado. Vem exigir justiça.
Concentração em frente à 60ª Esquadra, na rua 17 de Setembro no Casal da Boba, Amadora
Apelamos a tod@s @s irm@s, tropas, guetos e organizações solidárias que se juntem nesta jornada duma luta que é de tod@s e que esteve calada muito tempo.

Sem justiça não haverá paz


Plataforma.gueto@gmail.com


Brutalidadepolicial.blogspot.com

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

JOVEM ASSASSINADO

Na sequência de uma perseguição policial, um jovem de 14 anos foi alvejado na cabeça, por ter supostamente apontado uma arma ao policia na segunda feira passada, na Quinta da Lage, Amadora.
Um acto que não é isolado, e que se verifica maioritariamente nas mediações dos bairros sociais, onde os seus moradores são vítimas de xenofobia, racismo, e uma extrema marginalização.

Segundo a versão citada por fontes policiais, o jovem tinha uma pistola na mão, mas tal versão é desmentida pelos amigos que negam que algum dos elementos do grupo tivesse armas. Os amigos de ‘Kuku’ dizem que fugiram à policia para não serem presos. Ao que parece ‘Kuku’ foi morto quando tentou evitar a detenção de um amigo. A sua mãe diz que quer justiça. Quer saber quem é o policia que matou o seu filho, diz saber que ele não tinha nenhuma arma. "Se a polícia diz que o ‘Kuku’ estava armado eu quero ver a pistola. E vão ter de mostrar que tem a impressão digital dele"

"Kuku foi julgado e executado pela polícia à semelhança de Angoi, Tony, Tete, Corvo, PTB, etc. Nos últimos meses vários irmãos foram perseguidos e agredidos nas ruas, nas carrinhas e dentro das esquadras. Este não foi um acidente, nem um acto isolado, foi o desfecho que já esperávamos. Destes assassinatos e agressões nunca resultou uma única condenação. Pelo contrário a polícia têm sido aplaudida pelo Ministro da Administração Interna e pela opinião pública manipulada, pela propaganda racista dos media. Resta uma conclusão: face a esta impunidade a polícia tem "luz verde" para matar jovens negros em Portugal. Já não acreditávamos que fosse feita qualquer justiça nos tribunais mas agora sabemos mais que isso.Num país que nem aplica a pena de morte, até um "criminoso violento" teria direito a um julgamento antes de ser executada qualquer pena. Mas para nós negros, a pena de morte está em vigor e a "justiça" não é lenta, é veloz feita na hora pela polícia. O nosso julgamento é feito todos os dias na imprensa matinal e no noticiário das oito.Apelamos à mobilização de tod@s os irm@s contra a violência policial, a propaganda racista e contra a opressão autoritária. Se a impunidade, o conformismo e o silêncio continuarem os assassinatos continuarão também.Apelamos também ao apoio à realização dum funeral digno para Kuku na compra do Cd dos Mentis Afro, duma T-shirt do Kuku, ou através de donativo para o NIB 0010 0000 27703050 0022 0. Para mais info escrevam para o mail indicado em baixo."

Plataforma Gueto.
Sem Justiça não haverá Paz. Plataforma.gueto@gmail.com