sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

QURES SER MÉDICO, ADVOGADO, ENGENHEIRO, ETC..?

Pois agora vai-te custar muito mais!
O que é o Espaço Europeu de Educação Superior?
Nos últimos anos a politica europeia tem tomado uma direcção muito clara: cortes nos direitos sociais, privatizações dos sectores públicos e a precarização do mercado laboral.
No ensino universitário isto está reflectido no Processo de Bolonha e na construção do Espaço Europeu de Educação Superior.
Fabrica de precari@s – escola de élites
A ideia que está por detrás das histórias bonitas que nos contam é transformar a universidade numa fábrica de mão-de-obra mais barata, mais submissa e mais rentável para as empresas; Uma universidade “adaptável ao mercado”.
Os cursos estruturam-se da seguinte maneira:
Licenciatura: curso de 3-4 anos que te proporcionarão uma formação equivalente a um curso de CCC, com uma inserção laboral correspondente. A maioria só poderá alcançar este nível. Mestrado: os poucos privilegiados puderam pagar o segundo ciclo, cujo o custo será de 250% do custo da licenciatura e será obrigatório para conseguir um trabalho digno..
Privatização do conhecimento
O ministério da educação deixa claro como as empresas participam na elaboração dos planos de estudo e como serão decisivas na hora de decidir o financiamento de cada universidade.
Outra consequência de ceder cada vez mais poder às empresas nas universidades, passa pela investigação científica ser guiada por critérios empresariais, o que significa que deixaremos de investigar tudo aquilo que, sendo necessário para a sociedade, não resulte na rentabilidade das empresas.
E mais, está previsto o desaparecimento de 67 cursos, a maioria na área das humanidades, que pelos vistos não tem nenhum interesse económico.
A cultura não é rentavel.
Mas há mais!
Jornada estudantil: o decreto estabelece 40 horas semanais de
‘trabalho do aluno, entre aulas teóricas e práticas obrigatórias impossibilitado, assim consolidar o trabalho e a escola.
Custo dos estudos: pelas palavras de um dos responsáveis pelo processo, existe a intenção de transladar os custos aos alunos. Neste sentido, prevê-se um aumento das taxas de financiamento.
praticas não remuneradas: pagarás para trabalhar para uma empresa ou departamento os câmbios dos teus créditos obrigatórios das aulas praticas.

Está nas nossas mãos impedi-lo!
Milhares de estudantes e professores têm saído à tua no ano passado em defesa da universidade pública. Cada vez somos mais. Está na altura de lutares pelos teus direitos!