domingo, 24 de outubro de 2010

Grécia - Estudantes saem às ruas para protestar contra reforma educacional

A capital da Grécia viveu nesta quinta-feira (21) mais um dia de protestos contra o pacote de reforma educacional anunciados pelo governo grego.

Cerca de dois mil estudantes universitários saíram às ruas de Atenas e cercaram o Parlamento da Grécia. A polícia foi chamada para impedir o protesto e houve confronto. Os alunos tentaram romper o bloqueio policial com paus e pedras. A tropa de choque respondeu com cassetetes. Também houve manifestações estudantis nas cidades de Volos e Giannena.

Muitos dos departamentos universitários de Atenas estão atualmente sob ocupação dos estudantes, novas deliberações das assembléias gerais são esperadas para os próximos dias.

Os estudantes reclamam de uma proposta de reforma educacional que pretende unir instituições de ensino. A medida irá cortar professores e diminuirá o financiamento educacional.

agência de notícias anarquistas-ana

O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.

Guilherme de Almeida


(retirado pt.indymedia.org)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem tem medo dos anarquistas? ..Resposta à campanha mediática anti-anarquista

Em face de toda a histeria mediática que tem rodeado o anarquismo em Portugal desde a manifestação de 25 de Abril de 2007 – as supostas ameaças de morte por parte dos anarquistas a Cavaco Silva e a José Sócrates (Correio da Manhã, 7/05/2010), a fantasiosa cilada anarquista à PSP em pleno Bairro Alto (Diário de Notícias, 31/05/2010) ou a equiparação dos anarquistas à Al-Qaeda enquanto principais ameaças à cimeira da Nato em Lisboa (Diário de Notícias, 5/06/2010) -, não podemos deixar de nos pronunciar. Não o fazer seria permitir que tudo quanto foi dito por um jornalismo parcial e declaradamente nosso inimigo fosse deixado sem resposta e, consequentemente, tomado por verdade, uma vez que os objectivos e a intenção consciente por detrás de tais notícias são transparentes: denegrir a nossa imagem aos olhos de quem só sabe do anarquismo aquilo que lê nos jornais e encorajar uma posterior caça às bruxas contra nós. Assim sendo, respondemos de seguida à nossa própria pergunta. Quem tem medo dos anarquistas? E quais as razões desse medo?


A situação actual de crise do capitalismo e as suas consequências, se são sentidas por todos nós na própria pele, sob a forma do aumento das desigualdades sociais e da degradação constante das condições de vida, não escapam igualmente à atenção do Estado e dos seus corpos repressivos, preocupados com as eventuais repercussões que tudo isto poderá ter. Mesmo que, por enquanto, reine a paz social, temem que, mais tarde ou mais cedo, a paciência de um povo inteiro se esgote e, finalmente, estale a revolta. Em face disto, o Poder pergunta-se: “o que (ou quem) poderá servir de catalisador à revolta?” Tendo em conta os acontecimentos recentes na Grécia, a atenção mediático-policial volta-se necessariamente para nós.

Observando as movimentações anarquistas em Portugal, as autoridades estudam formas de as neutralizar rapidamente, antes que fujam definitivamente ao seu controlo. Os órgãos de comunicação social, juntam-se a esta campanha de criminalização do anarquismo. Assim, é do interesse de certos órgãos da imprensa apresentarem-nos colectivamente enquanto um grupo de “radicais” com uma ideologia "extremista”, que apenas procura semear a violência e o confronto a todo o custo. Se nos chamam “radicais” e “extremistas”, isso deve-se à nossa recusa total de um sistema assente na opressão e na exploração, que não pretendemos suavizar através de reformas, mudando apenas algumas coisas para que o essencial se mantenha. Pretendemos isso sim uma verdadeira igualdade social, onde não haja privilegiados, e em que o indivíduo possa ter autonomia e liberdade para decidir sobre a sua vida. Se não tememos o confronto, tão pouco vemos nele um fim em si mesmo.

Urge resistir! Há que vencer a passividade, o medo, as manipulações dos partidos e sindicatos, e agir! É preciso que os explorados e oprimidos se unam, pensem os seus problemas em comum e actuem sem intermediários.

Dito isto, é fácil de entender quem tem medo dos anarquistas.

Por mais que tentem, não nos hão-de calar!

Julho 2010


Centro de Cultura Libertária
Centro de Cultura Libertária
sede: Rua Cândido dos Reis, nº 121, 1º Dto. - Cacilhas - Almada
correio: Apartado 40 / 2800-801 Almada
e-mail: ateneu2000@yahoo.com
blog: http://culturalibertaria.blogspot.com

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Desalojaram a Universidade Livre, "La Rimaia" (Barcelona)

10 pessoas detidas durante o desalojo, entre elas professores e alunos da Universidade Livre.

Depois de terem sido desalojados da Rua Casanova 17, a 2 de Fevereiro deste ano, hoje, 14 de Julho, assistimos a uma nova investida da brigada da policia catalã para nos tirar da Gran Via 550. Depois de meses de trabalho para reabilitar o espaço abandonado pela saga Guerrero Gilabert - conhecido por numerosas denúncias de especulação imobiliária, por estar no julgamento do caso Pretória e por controlar Gaesco, líderes no investimento em acções - os mercenários do capital actuaram e expulsaram-nos de um edifício do bairro e para o bairro.

Uma vez mais, o poder político tomou o partido dos especuladores, dos ladrões dos nossos tempos e das nossas vidas. Uma vez mais, não serviram de nada as reivindicações vizinhas (l'Associació de Veïns i Veïnes de l'Esquerra de l'Eixample va exposar a davant de la regidora del districte Assumpta Escarp una moratòria de llicències hoteleres i que la Universitat Lliure La Rimaia no fos desallotjada de la seva seu a gran via 550). Uma vez mais, os "mossos d'esquadra" (polícia catalã) entraram de madrugada sem seguir o procedimento que a via civil dita. Uma vez mais, quem manda nesta cidade prefere estar do lado dos ricos, dos que querem hotéis, dos que destroem os espaços comunitários do bairro, dos que só pensam numa lógica mercantilista.

Eles têm direito a especular e nós não temos direito à habitação nem a espaços alternativos de acção social fora do circo ridículo e infame da Câmara de Barcelona.

Nós trabalhamos para recuperar os espaços vazios e preenchê-los de pensamento, de reflexão e de acção para parar o seu projecto; o projecto de tirar-nos dos nossos bairros, dos nossos espaços de reunião, e tornar esta cidade num parque de diversões para turistas e à mercê dos lobbies empresariais. Como podemos ver, qualquer espaço popular representa uma ameaça ao "modelo Barcelona", ao parque turístico em que se converteu esta cidade, onde o direito a especular passa por cima dos direitos colectivos e das iniciativas populares. Querem reprimir-nos e encerrar-nos nas periferias, aos locais remotos, longe dos olhares públicos. Querem ocultar-nos e fazer-nos cúmplices do seu grande negócio empresarial. Ainda não entenderam que este é um esforço inútil.

A Universidade Livre La Rimaia é um projecto popular e autogestionado, livre de interesses económicos. Em La Rimaia fazem-se dezenas de actividades, dando espaço a numerosos colectivos e entidades. Trata-se de um espaço de reunião, de formação, de reflexão e de acção em torno de outras maneiras de ver o mundo, abrindo uma frincha no interior deste modelo cada vez mais alienante e individualista; um sistema cada vez mais podre, da cabeça aos pés. La Rimaia aloja a única biblioteca popular do bairro, aulas de formação, um espaço de informática com internet disponível para todos e múltiplos espaços polivalentes abertos a todos os vizinhos. Um lugar para o encontro e a transformação social, para fazer-nos mais fortes e mais livres.

La Rimaia segue batalha. Continua e não afrouxa. Não poderão desalojar a cultura popular!

(Tradução livre do texto publicado na página larimaia.org)

(Retirado de pt.indymedia.org)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Veredicto do julgamento dos detidos na manif anti-autoritária de 25 de Abril de 2007

Chegou hoje ao fim o julgamento dos 11 detidos (entretanto uma rapariga infelizmente faleceu) na manifestação anti-autoritária contra o fascismo e contra o capitalismo, de 25 de Abril de 2007.

Por ausência de prova, prova em contrário ou dúvida, o tribunal deu como não provados os actos apresentados pelo Ministério Público que eram por esse atribuídos aos arguidos e que se podiam enquadrar nos crimes de ofensa à integridade física agravada qualificada, injúria agravada e coacção e resistência sobre funcionário. Assim, todos os arguidos foram absolvidos de todas as acusações.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Breves de Portugal

Breves de Portugal

19 Junho, Santa Maria da Feira – desconhecidos mandaram esta manhã um engenho explosivo contra um carro de transporte de mercadorias. A GNR afirma que deste ataque resultaram apenas danos materiais no carro e na mercadoria, não dando mais informações.
http://www.publico.pt/

19 Junho, Fragosela, Viseu – por volta das 3 da manhã dois carros, um BMW e um Ford Focus, foram incendiados. A PJ está a investigar.
jn.sapo.pt

18 Junho, Linhó, Sintra – quarto reclusos na prisão do Linhó ficaram feridos na passada sexta-feira, assim como um guarda. A DGSP afirma que houve uns problemas “entre alguns reclusos”, mas a ordem foi imediatamente reestabelecida e está em curso a tomada de medidas disciplinares contra os reclusos... no moment é difícil saber o que realmente aconteceu; recentemente houve vários protestos dentro e fora desta prisão, por parte dos presos e em solidariedade com eles.
http://www.cmjornal.xl.pt/

15 Junho, Lisboa – concentração de solidariedade no Campus de Justça contra o julgamento dos detidos numa anifestação anti-autoritária em 2007. Uma faixa com as palavras “ sem medo dos vossos tribunais, continuaremos a lutar na rua. Solidariedade 25 abril 2007” foi pendurada numa praça na baixa onde centenas de pessoas viam o campenato do mundo de futebol.
pt.indymedia.org

14 Junho, Amadora – a PSP tortura mais 2 jovens, desta vez na Amadora. 2 rappers foram perseguidos por agentes da PSP de arma em punho, espancados, detidos (acusados de agressão a agentes da autoridade...), torturados e ameaçados de morte na esquadra do Casal da Boba.
pt.indymedia.org

11 Junho, Abrantes – a escola secundária ESMF foi vandalizada. A Polícia Judiciária encerrou a escola, mas sabe-se que sala de aula foram vandalizadas, e que quadros interactivos, projectores, livros e dicionários foram destruídos. “O que mais me preocupa e deixa apreensivo é o facto de este acto não ter, aparentemente, o objectivo de roubar para vender futuramente o material roubado, mas o objectivo de danificar por danificar”, queixa-se um blogger.
nunomiguelgil.wordpress.com

4 Junho, Castanheira do Ribatejo – a escola D. António Ataíde foi vandalizada sexta de madrugada, permanecendo encerrada todo o dia. Os danos não foram revelados, mas sabe-se que tanto a GNR como os bombeiros estiveram no local.
www.omirante.pt

4 Junho, Setubal – às 8h da noite foi ateado um fogo junto às instalações da Volvo. Às 1h30 da manhã foram incendiados contentores do lixo, noutra parte da cidade. E às 3h da manhã um carro foi destruído pelo fogo.
www.osetubalense.pt

[Retirado de pt.indymedia.org]

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Curtas da Grécia

Supermercado é expropriado
Ontem, segunda-feira, 7 de junho, um coletivo chamado os "40 ladrões, mas sem Ali
Babá", expropriou um supermercado da rede "My Market", no subúrbio ateniense de
Egaleo. O material expropriado, basicamente produtos de necessidades básicas, foi
distribuído numa praça popular do bairro.
Em Larissa, quatro anarquistas estão sendo processados por terem expropriado um
tempo atrás um supermercado, o julgamento deve acontecer em dezembro de 2010.
******************
Novo espaço ocupado em Tessalônica
Neste último sábado, 5 de junho, foi ocupada a "12º Escola Primária", um amplo
imóvel que estava abandonada há anos em Tessalônica. O objetivo desta nova ocupação
é a criação de uma Escola Auto-organizada e Libertária. Durante o final de semana,
sábado e domingo, foi realizada uma jornada de apresentação do projeto e
reabilitação do local, com um mutirão de limpeza, discussões sobre pedagogia
libertária e uma festa. Diversas pessoas compareceram no evento, inclusive muitos
vizinhos e crianças.

Fotos:

http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1181330
http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1181532

Policiais que mataram Alexis são soltos

Depois de 18 meses em prisão preventiva os policiais Epaminondas Korkonéas, 38 anos,
e seu colega, Vassilios Saraliotis, de 32 anos, que assassinaram Alexis
Grigoropoulos em 6 de dezembro de 2008 no centro de Atenas, foram soltos na
madrugada do último domingo, 6 de junho.

Festival do livro libertário em Tessalônica

De 2 a 5 de junho aconteceu o 1º Festival do Livro Libertário de Tessalônica. Além
das banquinhas de livros e outros materiais, o evento contou com uma série de
palestras e discussões, sob o mote "crise, resistências e utopias".

Liberdade para Pawlak Michal

Michal Pawlak é um anarquista da Polônia que foi preso na Grécia em 6 de dezembro de
2009 durante as manifestações de um ano do assassinato de Alexis Grigoropoulos e a
revolta que se seguiu. Desde então ele permanece na prisão aguardando julgamento.
Como é de costume nestes casos, ele foi acusado pela polícia grega com base em
evidências infundadas e circunstanciais, como por exemplo, a sua camiseta que tinha
um slogan anti-polícia escrito por ele. Nas próximas semanas um conselho de juízes
decidirá se ele permanecerá na prisão.

Para enviar cartas:

Michal Pawlak
Pteriga A
Filakes Koridallou
18110
Koridallos, Athens
Grécia

agência de notícias anarquistas-ana

fim de caminho
o pôr-do-sol começa
dentro de mim.

Luciana Bortoletto

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FEIRA do LIVRO: Progama e alteração do Local


A Feira do Livro Anarquista mudou de espaço e vai-se realizar na BOESG
Biblioteca dos Operários ou Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada
Rua das Janelas Verdes, 13-1ºesq.
Santos

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Em relação à tentativa de criminalização da Rede Libertária:

(Retirado de Rede Libertária)

Cabe, em primeiro lugar, esclarecer uma vez mais que a Rede Libertária não é um colectivo, nem um partido, nem um grupo armado (!). Não tem fileiras, nem militantes, nem sedes, nem estrutura física nenhuma.
.......É uma ferramenta, que, através da internet, serve para aproximar pessoas que desenvolvem projectos afins ao anarquismo e serve também para comunicar publicamente as actividades que se vão fazendo, assim como, divulgar notícias que nos pareçam relevantes.

.......A Rede Libertária jamais poderá, portanto, ser uma organização que se desloque a manifestações ou receba financiamentos como, imbecilmente, o Correio da Manhã e a SIC referem.

.......Sim, no blog da Rede Libertária apareceu publicada uma imagem que criticava a imunidade e a inutilidade das figuras políticas portuguesas, perante a evidente injustiça social deste sistema.

......Essa imagem foi publicada em tom de sátira.

.......É abusivo, por isso, ter ocorrido uma rusga a uma casa privada, a apreensão de material informático e a acusação à pessoa em causa por "incitação à violência"!

.......Reiteramos o que foi dito em resposta a essa situação anterior: "O disparar para todos os lados da PJ acertou, aleatoriamente, num indivíduo que nada tem a ver com o projecto da Rede Libertária e, mesmo se tivesse, é pidesca a forma como a polícia entra, remexe, vasculha, leva o que bem lhe apetece, quando bem lhe apetece, como bem lhe apetece, sempre com o selo branco do Estado."

.......O que mais revela a ignorância e falsidade destas notícias é precisamente o desconhecimento quanto ao termo Libertário ou Anarquista.
.......De uma vez por todas, a extrema-esquerda faz parte do espectro político existente, feito de partidos e governos. Ser anarquista, por definição, representa não querer partidos políticos a governar, quaisquer que sejam. É não acreditar na necessidade da existência de um estado ou qualquer outra forma de poder hierárquico.
.......Logo, não somos de esquerda nenhuma!

.......Como tal, é evidente que não temos o objectivo de ameaçar um determinado presidente ou 1º ministro. Não queremos a existência desses cargos, por mais ou menos liberal que seja o político que os ocupe. Lutamos pela nossa auto-organização, sem estruturas de autoridade, pelo que é ridículo tentarem incriminar-nos pelo facto de estarmos contra este ou aquele governante em específico.



.......A Rede Libertária e seus visitantes gostariam de saber:


O que é que terá motivado esta nova onda de notícias sobre este caso que aconteceu em Setembro de 2009?


Porque é que se encara este post enquanto "ameaça explícita de morte"?


Porque é que se invoca a manifestação de 2007 especificamente, quando existem diversas noticias publicadas sobre os mais diversos assuntos no blog da Rede ?


Porquê esta tentativa de ligação entre eventos e informações tão distantes??

E porque raio é que uma notícia com tão pouco conteúdo que não seja especulativo aparece em, pelo menos, dois jornais de grande tiragem e um canal de televisão?




Em tempos que cheiram a ditadura,
contra esta e outras formas de opressão,

RedeLibertária.

Para mais informações contactar: redelibertaria@yahoo.com

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Grécia - “Para todas as pessoas que usam a morte de três seres humanos para dar vazão aos seus discursos de ódio contra anarquistas”

Retirado de pt.indymedia.org:
Acabei de ouvir sobre os terríveis eventos e estou chocado. Eu acho que é muito bom que o [Blog] After the Greek Riots honre os três mortos e publique a retratação.

Para todas as pessoas, especialmente aquelas que comentam aqui, que usam a morte de três seres humanos para dar vazão aos seus discursos de ódio contra anarquistas, perguntem a si mesmas o seguinte: você já reagiu dessa maneira quando algum imigrante é espancado ou/e até mesmo assassinado pela polícia de Atenas? Você já reagiu assim quando outra dezena ou centena de civis morrem no Iraque, ou Afeganistão ou em qualquer outro lugar desse mundo? Você posta comentários cheios de ódio nas páginas da mídia oficial, pelas dezenas de centenas de pessoas que são mortas por um sistema de poder global econômico irracional em uma contagem diária?

Não? Então talvez você devesse calar a boca e começar a pensar... A não ser que realmente aprove o estado que o mundo se encontra, pois isso lhe proporciona uma TV colorida, um carro, casa própria e bananas baratas. E tudo isso somente pelo preço de ter que olhar para todos os seres humanos como competidores e ameaças em potencial!

Para todos os anarquistas e camaradas de esquerda radicais:

Enquanto não sabemos quem atirou o molotov, devemos definitivamente lutar contra a campanha midiática e política que aponta o dedo ao povo que luta contra sua miséria, devemos também ser bravos o suficiente para admitir que possivelmente foi "um de nós".

Todos os que estão envolvidos em lutas militantes de massa sabem que sempre há a possibilidade de uma tragédia como essa acontecer. Desde que não somos um partido nem qualquer tipo de instituição - e uma revolta popular nunca vai ser - não podemos nunca controlar totalmente a situação. Qualquer um pode causar esse tipo de dano com uma demonstração violenta: agentes de polícia provocadores, fascistas, hooligans, cidadão raivosos ou anarquistas de cabeça quente.

Mesmo que isso tenha sido feito por agentes do Estado ou das classes de cima, nós como anarquistas propiciamos o meio necessário! Não vamos negar isso. Exatamente porque aprendemos enquanto lutamos, exatamente por não querermos ser como um partido, como o Estado e as classes dominantes, como os fascistas, temos que ser honestos, humanos, autocríticos e ainda assim determinados.

Então, é tempo de pensar no que podemos fazer para minimizar o risco e prevenir os danos e até, como agora tragicamente aconteceu, a morte de pessoas não envolvidas.

Enquanto para mim está tudo bem em usar molotovs contra a polícia ou em ações planejadas, deve haver um consenso de não usá-los contra prédios nos quais:

a) Possam haver pessoas;

b) O fogo possa se espalhar para outros edifícios que não tem a ver, como casas residenciais. E todos sabemos que lojas com apartamentos residenciais em cima são atacadas em ações na Grécia hoje e sempre;

Atacar um banco, a loja de uma grande companhia, etc.; é sempre um ato simbólico e deve ser encarado como tal.

Usem pedras, tintas, entrem e destruam tudo se houver a possibilidade. Se usarmos fogo, não podemos controlar o desenrolar, e a mídia e os políticos ficarão felizes em poderem nos retratar como hooligans psicopatas e o simbolismo é o mesmo de qualquer maneira.

Juntar a isso o poder do fogo não vale arriscar a integridade de seres humanos.

Dito isso, toda a minha solidariedade vai aos amigos e camaradas anarquistas e de esquerda radicais na Grécia e todas as pessoas em qualquer lugar que lutam por um mundo livre do capitalismo e cheio de cooperação mútua, no qual a liberdade individual e coletiva são uma só, repletas de vida para todos, é o objetivo da sociedade!

L.

Tradução > Filipe Ferrari

agência de notícias anarquistas-ana

tarde cinza

borboleta amarela

toda luz do dia

Alexandre Brito

Grécia - Atenas, zona de guerra

Três pessoas sufocaram até a morte, durante o incêndio no banco Marfin Eganatia Bank, durante confrontos entre protestantes e a polícia em Atenas.

A marcha de protesto em Atenas, que marca o auge da greve geral convocada para 5 de maio, foi atendida por aproximadamente 200 mil pessoas (20 mil desses fizeram uma marcha sozinhos a mando do PAME), mas devido à falta de cobertura da mídia na greve geral, não existem estimativas concretas. Depois do PAME (Partido Comunista da Grécia), os manifestantes deixaram a Praça Syntagma, as primeiras linhas principais da marcha começaram a chegar perante o Parlamento com os primeiros confrontos em erupção no final da Rua Stadiou. A marcha, em seguida, atravessou o Monumento do Soldado Desconhecido, obrigando a Guarda Presidencial a recuar, e tentaram invadir o Parlamento, mas foram parados por forças policiais que hoje demonstraram uma atitude firme a fim de resolver particularmente os problemas contra os manifestantes. Logo, batalhas eclodiram em volta do Parlamento, com manifestantes jogando coquetéis molotov e pedras. Uma van blindada da polícia de intervenção foi incendiada, e a polícia respondeu com o uso prolongado de gás lacrimogêneo que logo fez a atmosfera de Atenas insuportavelmente irritante. Mais blocos de manifestantes chegaram à Praça Syntagma, e as batalhas se espalharam pelo centro da cidade e duraram mais de cinco horas.

Durante o conflito, muitos prédios públicos foram incendiados, incluindo a sede do condado de Attika. A mídia noticia que o andar do Ministério das Finanças estava pegando fogo e documentos vitais foram destruídos pelo fogo. Entretanto, o estranho é que o andar do Ministério das Finanças fica no quarto andar e as bombas de gasolina não alcançam até lá. O prédio está em perigo de colapso.

Segundo a imprensa, a maioria das estações de rádio e TV furaram a greve e voltaram a trabalhar às 14 horas (horário grego), devido aos eventos catastróficos. Eles alegaram que furaram a greve porque a morte das três pessoas (entre elas uma mulher grávida) ocorreu por causa dos manifestantes. No entanto, essa é uma afirmação sem fundamento. Um caso parecido ocorreu há 30 anos atrás, quando um incêndio no Prédio Kappa-Marousi na Rua Panepistimiou causou a morte de várias pessoas. Na época jogaram a culpa nos anarquistas, mas mais tarde foi provado que o fogo foi causado pelo gás disparado pela polícia.

Um vídeo do corpo de bombeiros tentando evacuar o prédio pode ser visto neste link:

http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/8661385.stm

Depois da trágica morte dos três trabalhadores, novos conflitos começaram na capital grega, com uma grande multidão na frente do banco queimado Marfin, quando o bancário-chefe do banco tentou visitar o local. Conflitos ocorreram entre a multidão e a polícia quando a linha de frente dos manifestantes tentou atacar o magnata bancário, acusando ele de forçar os trabalhadores que morreram a ficar no prédio e a não entrar em greve sendo que um pedido de evacuação do prédio já tinha sido dado desde às 12 horas (horário grego).

No Parlamento, o Partido Comunista da Grécia acusou o governo pelas mortes, dizendo que isso foi resultado de grupos fascistas provocadores. As alegações do Partido Comunista são baseadas no fato de 50 fascistas tentarem entrar no prédio do PAME com bandeiras fascistas da Grécia. Os fascistas foram expulsos, perseguidos e se esconderam atrás das linhas policiais. Acusando a extrema-direita por estar atrás das mortes, a Coalizão da Esquerda Radical declarou no Parlamento que o governo não pode fingir estar em luto pelas perdas humanas, porque atacar a vida humana por todos os meios possíveis sempre foi o que o governo quis.

Enquanto isso, os confrontos se estenderam em Tessalônica onde aproximadamente 50 mil pessoas marcharam destruindo dezenas de bancos e lojas na segunda maior cidade da Grécia. Confrontos com a policia durou por muitas horas. De acordo com o noticiário, anarquistas ocuparam o Prédio de Centro de Trabalho da cidade.

Em Patras, aproximadamente 20 mil manifestantes se juntaram aos motoristas de tratores e motoristas de caminhão de lixo, e barricadas em chamas foram erguidas ao longo das ruas centrais da cidade e confrontos ocorreram entre a polícia e os protestantes.

Em Ioanninna, os manifestantes atacaram bancos e lojas, fazendo a polícia usar armas de contenção. Em Heraklion, 10 mil pessoas participaram da marcha contra as medidas do governo. Em Corfu, manifestantes fizeram parte da marcha anti-medidas do governo e ocuparam a Sede do Condado. Manifestantes ocuparam o Prédio de Administração de Naxos e a Câmara Municipal de Naoussa.

Como resultado dos motins de Atenas, a polícia isolou todo o centro da cidade, construindo pontos de verificação de entrada e saída, enquanto todas as autorizações de trabalho da polícia foram recolhidos. Batalhas ainda continuam a acontecer no interior da cidade, enquanto os noticiários afirmam que a polícia está mobilizando as suas forças para invadir uma ocupação anarquista em Exarchia.

• Vídeo que mostra as forças de segurança destruindo vidraças de pequenas lojas e ameaçando os populares:

http://www.youtube.com/watch?v=hkQ4YsRlFxI&feature=player_embedded

Tradução > Luis, A Vingança!

agência de notícias anarquistas-ana

O céu, que é perfeito,
andou jogando em seus olhos
o dom do infinito.

Humberto del Maestro

sexta-feira, 30 de abril de 2010

1ºMaio Antiautoritário e Anticapitalista - CONCENTRAÇÃO SETÚBAL, Largo da Misericórdia, 13:30h‏


1º Maio Antiautoritário e Anticapitalista
CONCENTRAÇÃO
SETÚBAL, Largo da Misericórdia, 13:30h

Tudo o que nos resta nestes 124 anos que nos separam das origens do 1º de Maio é o exemplo e a história daqueles milhões de trabalhadores, desempregados e oprimidos que pelo mundo inteiro se uniram e se levantaram para resgatar a dignidade roubada e encarcerada juntamente com aqueles 8 anarquistas de Chicago.

Aquilo que se aprendeu então, não foram as lições dos democratas e traidores de hoje em dia que nos prometem uma exploração mais humana, uma miséria mais tolerável, uma escravatura menos precária: foi, isso sim, o valor da solidariedade, da luta sem cedências, do assalto colectivo aos antros de poder e corrupção assim como de rebelião individual contra toda a autoridade.

Contra um 1º de Maio institucionalizado, que comemora a exploração laboral, a opressão e a hipocrisia dos sindicatos perante este sistema, contra uma sociedade capitalista e autoritária, de vencedores e vencidos, propomos a recuperação da rua enquanto espaço onde há um combate a travar por uma existência autónoma e, por isso, livre.

Divulga e Aparece!

terça-feira, 27 de abril de 2010

30 de Abril - 20:30 - Apresentação da Federação de Estudantes Libertárixs no CCL (Almada)




Apresentação da FEL - Federação de Estudantes Libertárixs

Sábado, 30 de Abril, às 20:30
no Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, nº 121, 1º Dto - Cacilhas - Almada

Apresentação da FEL - Federação de Estudantes Libertários

A FEL é composta por pessoas que estão organizadas em grupos duma forma livre e estes têm um funcionamento autónomo. Nestes grupos, as decisões são tomadas na assembleia, que é o mais alto órgão decisório de cada grupo. Tanto nos diferentes grupos como a nível federal, as decisões são tomadas por consenso.
Deste modo, asseguramos que todas as opiniões e posições são apreciadas e valorizadas de igual modo, e afastamo-nos da politiquice e das lutas internas grupusculares. Temos também de garantir que as decisões de um grupo, ou da federação, são apoiadas por todxs xs envolvidxs.

Os indivíduos que compõem os diferentes grupos que integram a FEL são partidários das ideias anarquistas e comprometem-se a divulgá-las. Além disso, marcam o seu posicionamento contra qualquer opressão de tipo político, económico, cultural, sexual, racial ou militar, ou seja, são totalmente contra o autoritarismo exercido por uma pessoa contra outra, independentemente da área onde ele se manifesta.

Como organização completamente independente, que é a FEL, não aceitamos nenhuma subvenção, venha ela de onde vier.
Praticamos a auto-gestão, isto é, os meios materiais e financeiros de que dispomos provêm de contribuições dadas pelos indivíduos que integram cada grupo e/ou de actividades organizadas para os obter, tais como concertos, refeições, distribuição de materiais, etc.

A FEL fixou algumas metas para avançar, passo a passo, na conquista de uma sociedade autogestionária, com base no apoio mútuo, sem necessidade de Estados:

* Incentivar entre xs alunxs a auto-organização autónoma e horizontal.
* Criar espaços de debate e reflexão, tanto nas escolas como fora delas.
* Partindo de uma crítica radical do actual sistema de educação e suas futuras reformas, que condenam o indivíduo à satisfação das necessidades dos sistemas opressores, propomos como alternativa um modelo de aprendizagem anti-autoritário que facilite a construção
de um conhecimento integral. Entendemos que este tipo de aprendizagem é uma ferramenta revolucionária não doutrinária, que nos fará avançar no caminho da liberdade.
* Incentivar a abstenção activa na eleição dos órgãos de “governo” das universidades, já que consideramos necessários outros meios de participação reais, horizontais e directos, pois pensamos que as eleições são uma falsa ferramenta de participação, que tem exclusivamente como fim a legitimação do sistema.
* A FEL declara-se anti-praxe. Pensamos que a hierarquia e o controle nunca podem ser o caminho para a formação de pessoas livres e conscientes.
Que o único caminho para a liberdade é a prática sem limites desta e nunca a humilhação e o dirigismo. É por isso que temos a intenção de trabalhar contra a praxe até ao seu desaparecimento natural, pois não há nada que a justifique.
* Estabelecer laços entre estudantes libertários para a troca de informações, ideias e experiências, e para nos apoiarmos mutuamente.
* A FEL é contra todo o dogmatismo ideológico, aberta ao debate interno e a novas propostas, já que considera necessária a crítica construtiva para evoluir. Somos conscientes de que não existe uma poção mágica, e que só a prática da liberdade nos fará livres.

Federação de Estudantes Libertárixs

Web: www.fel-web.org

Contacto: fel@inventati.org

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Lisboa - 25 Abril CONTRA o Terrorismo de Estado - Chamada Anarquista

CONCENTRAÇÃO
dia 25 de Abril, pelas 17 horas, no "Triangulo" - fundo da rua do carmo/Rossio

NÃO ESQUECEMOS NÃO PERDOAMOS

Em solidariedade com todos os que lutam pela destruição do estado, fonte primária de todo o Terrorismo.

Continuamos na Rua... Sem medo nem lei!

sábado, 20 de março de 2010

Feira do Livro Anarquista 2010 - dias 21,22 e 23 de Maio

Estamos de volta!

A partir das publicações, do convívio e dos debates queremos partilhar experiências, discutir ideias e possíveis esforços futuros na luta contra a autoridade em todas as suas formas e manifestações.

Numa tentativa de descobrir potenciais cúmplices, continuamos a dar importância à palavra escrita enquanto ferramenta de comunicação e ataque.


21, 22 e 23 de Maio 2010
Lisboa


Entrega de proposta de actividades até dia 8 de Abril e bancas até 24 de Abril

Para mais informação:
feiradolivroanarquista.blogspot.com
feiradolivroanarquista@gmail.com


Convite para exposição de cartazes

A Feira do Livro Anarquista de Lisboa irá acontecer de 21 a 23 de Maio e, para além das bancas, dos debates e do convívio queremos organizar uma exposição de cartazes que tente abranger focos de luta em que nos revemos, vindos de diferentes lugares.

O cartaz, enquanto meio de comunicação público, enquanto transmissor de mensagens e imagens que denunciem e ataquem a autoridade sob todas as suas formas, tem a sua própria estética, mensagem e transmite o pulsar da revolta em determinada época e lugar.



Queremos forrar as paredes do espaço da nossa feira com vários cartazes e contamos com a vossa ajuda para o fazer.

Se possível, enviem uma tradução (português, castelhano, francês, italiano e inglês) do conteúdo do cartaz.

Esperamos também que possam aparecer!

Data limite: 1 de Maio

Morada:
Centro de Cultura Libertária
Apartado 40
2800-801
Almada - Portugal

terça-feira, 2 de março de 2010

Décimo aniversário do Processo de Bolonha

Nos dias 11 e 12 de Março de 2010 os ministros da Educação de 46 países europeus vão comemorar os dez anos do processo de Bolonha, em Viena e em Budapeste.

Tendo em conta a situação actual e os protestos em curso em muitas universidades europeias em prol de um ensino gratuito e de qualidade em resposta à comercialização do ensino que Bolonha oculta, está a ser organizada uma Cimeira alternativa, paralela à Conferência europeia, com o objectivo de repensar o Processo e os fundamentos que apresenta e construir alternativas com o contributo da troca de testemunhos de experiências em diferentes países, para discutir uma política europeia sobre educação, novos movimentos estudantis emergentes, metas e estratégias comuns.

Estão previstas oficinas, greves, bloqueios, acções de protesto e uma manifestação internacional.

Mais informação pode ser encontrada nos seguintes sítios:
http://pararbolonha.blogspot.com/2010/01/call-from-vienna-make-bologna-history.html
http://bolognaburns.org

Retirado de: http://accaoantifascista.pt.vu

segunda-feira, 1 de março de 2010

Manifestação contra morte de jovem pela polícia grega‏

[Grande manifestação-denúncia no bairro ateniense de Vironas neste sábado (27), contra o estado policial e o assassinato do jovem Nikkolas Toddy, de 25 anos, por agentes da polícia grega.]

Aproximadamente 1000 pessoas marcharam pelo bairro de Vironas gritando palavras de ordem, distribuindo panfletos e fazendo pichações. Unidades antidistúrbios do MAT (polícia especial grega) e cerca de 40 policiais da equipe Delta atacaram, por nenhuma razão, a manifestação, golpeando muitas pessoas e "inundando" o bairro com gás lacrimogêneo. Dezenas de pessoas ficaram feridas, enquanto as pessoas do bairro que não participavam do protesto saíram nas ruas gritando contra a polícia: "Assassino, Assassinos!".

Os manifestantes, formando “correntes humanas”, tentaram responder aos ataques policiais, e em muitas ruas houve enfrentamentos corpo a corpo e com lançamento de pedras. Parece que a manifestação maciça de 24 de fevereiro, como a de ontem, perturbaram as autoridades gregas, que receberam críticas duras da população do bairro.

No total onze pessoas foram presas e acusadas de agredirem a polícia, quando ela mesma que atacou brutalmente contra a manifestação, espancando e insultando, até mesmo idosos. No mesmo relatório, foi feita menção de lançamento de coquetéis molotov, algo que não é real, já que não se lançou qualquer coquetel no protesto. Uma pessoa foi ferida e está hospitalizada. Três pessoas foram acusadas de delitos maiores (posse de molotov, lei contra o uso do capuz), quatro sob delitos menores e outros ainda não se sabe.

À noite, as pessoas que estavam no Parque Auto-organizado de Exarchia, realizaram uma manifestação até a delegacia de Atenas (GADA) exigindo a libertação de todos os detidos. Hoje, domingo (28), ao meio-dia, acontecerá uma nova concentração-denúncia na Praça Deliolani, no bairro de Vironas. A noite haverá a distribuição maciça de folhetos e textos explicativos nos bairros de Vironas e Pagrati.

A morte de Nikkolas Toddy

Na semana retrasada (dia 17), durante uma emboscada policial para deter dois suspeitos de roubos à agência bancárias, a polícia abriu fogo - num bairro densamente povoado-, atingindo Nikkolas Toddy com nove balas, oito nas costas e uma na cabeça. O jovem era o pai de um bebê de 18 meses.

Pelotão policial é atacado em Exarchia

Por volta da uma hora da madrugada, um grupo de vinte pessoas atacou um pelotão de antidistúrbios na intervenção das ruas IIpokratus e Didotu, no bairro de Exarchia.

Ocupação em Tessalônica continua

Segue a ocupação da Reitoria da Universidade Aristóteles de Tessalônica, contra a invasão da polícia no campus e para defender o Asilo Universitário. Foram organizadas jornadas, exibições de vídeos, palestras, comidas populares. Amanhã, segunda-feira, haverá uma manifestação dentro do campus universitário e na terça-feira uma nova manifestação no centro da cidade.

Fotos da mani em Vironas: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1137263 e http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1137177

Fotos da marcha antifascista do dia 24 de fevereiro: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1137238

agência de notícias anarquistas-ana

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um olhar libertário sobre a Greve Geral na Grécia‏

Dezenas de milhares de pessoas tomaram e ocuparam as ruas centrais de Atenas nesta quarta-feira (24), confirmando mais uma vez a indignação e fúria social de grande parte da população grega.

Desde a Avenida Alexandras à Escola Politécnica ocupada, toda a rua Patision até à Praça de Omonia (onde estavam as Corporações que pertencem ao PAME/KKE), e depois nas ruas os blocos formaram uma manifestação muito longa e densa. Entre quarenta e cinqüenta mil manifestantes.

Na verdade não foi somente a solidez da manifestação - pequena se tivermos em conta a gravidade da situação, nem a resistência "necessária" perante as mudanças que estão por vir.

O mais importante foi a raiva generalizada dos que inundaram as ruas de Atenas, e que não permitiu que a manifestação fosse um passeata pacífica e simbólica pelo centro de Atenas.

A indignação poderia sentir-se em todos os lados, nas paredes ("pobres, a recolher armas", "que fale a violência", "a paciência acabou-se") até às expropriações de mercadorias da Zara, Breshka, cadeias de livrarias, oferecendo promoções de 100% a todos os manifestantes, sendo os imigrantes os primeiros a mostrarem um grande interesse no Proletarian Shopping Therapy que se oferecia.

Inesquecível será a imagem dos cinco encapuzados que entraram na loja de roupa Breshka, e que ao sair atiraram para o asfalto mais de 30 jeans.

Indignação social, que quando a manifestação ia se aproximando da Praça de Sintagma, se converteu em ataques contínuos, corpo contra corpo, contra os antidistúrbios. Era uma manifestação tão grande, que ninguém sabia do que ocorria a duzentos, trezentos metros de distância.

Apesar disso, e a seguir quando a manifestação subia pela avenida Stadiu aconteceram os primeiros ataques contra lojas de luxo, bancos, câmeras de vigilância. Duas manifestações "paralelas" estavam em pleno processo. Uma pela avenida e "outra" pelas ruas transversais.

Unidades da polícia antidistúrbios tentaram várias vezes penetrar no corpo da manifestação para separar os blocos -sobretudo o anarquista, que era bastante grande- mas recebia o ataque bem organizado e solidário por parte de operários-membros de Empresas Obreiras e Sindicatos de Base.

No Hotel Gran Bretania pelotões de antidistúrbios foram recebidos com pedras e coquetel molotov que eram atirados por jovens com idade entre dezesseis e sessenta e seis anos (a idade produtiva). Em vários ataques a policia sentiu-se perdida e sem saber como reagir.

Foi algo muito positivo ver a reação dos blocos que não se dispersavam por causa do lançamento de gases lacrimogêneos (uso muito pequeno de gases lacrimogêneos, na verdade), nem recuavam no ataque corpo a corpo contra a polícia. A raiva e revolta eram, e são, tantas que se viu gente de várias Corporações Obreiras, Grupos da Esquerda e Anarquistas organizar e atacar juntamente contra as forças repressivas do Estado. Inclusive as pessoas que não participavam nem nos ataques contra a polícia nem nas destruições dos bancos, apoiavam todos esses atos aplaudindo as expropriações e gritando slogans contra a polícia. Havia um "silêncio de cumplicidade" e apoio maravilhoso, que depois de Dezembro se vê cada vez mais evidente.

Os ataques aconteceram durante todo o percurso, até chegar à manifestação na Praça Omonia, onde outro grupo se dirigiu à Escola Politécnica, e aos poucos se dispersando.

Foi muito agradável ver a surra que receberam os secretas na Avenida Ermú. Imagens inesquecíveis.

Outras manifestações realizaram-se em Jania (500 pessoas), Iraklito (1.400 pessoas), Tessalônica (umas 5.000 pessoas), Patras (1.500 pessoas), em Veria, onde pela primeira vez apareceu um bloco anarquista, em Volos (onde mais de 500 pessoas participaram na manifestação solidária contra as demissões dos sindicalistas da fábrica METKA) e em outras cidades mais.

Na tarde do mesmo dia (24), a contra-concentração de antifascistas na Praça Amerikis não pode se realizar, já que pelotões de antidistúrbios que tinham ocupado a praça cortaram todos os acessos. As pessoas concentraram-se no Parque Auto-organizado de Kipru e Patison, e mais tarde mais de 700 pessoas realizaram uma manifestação contra o racismo e o fascismo no bairro de Kipseli, onde aconteceram ataques contra vários bancos e destruição de muitos caixas eletrônicos 24 horas.

Tradução > Liberdade à Solta

agência de notícias anarquistas-ana

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Grécia - Tensão no polítécnico de Atenas e em Lasrissa

No sábado passado (dia 20), por volta das 3 da manhã a polícia grega entrou no Politécnico de Atenas no suburbio de Zografou. A polícia não pode entrar nos campus universitários a menos que tenha sido chamada pelas autoridades dos mesmos. Neste caso foi o que aconteceu, o reitor pediu a intervenção da polícia depois de ter sido informado que uma grande destruição de propriedade do Politécnico estava a acontecer.

Os seguranças que deram acesso à polícia dizem que tinham visto apenas algumas portas danificadas. Estavam a decorrer duas festas de estudantes.

O resultado da intervenção foram 30 detenções...

Em resposta a reitoria está sob okupação desde a hora de almoço de hoje (dia 22).

Entretanto, na cidade de Larissa tinha sido convocada uma manifestação fascista nos mesmos moldes que a anterior em Atenas. Um grupo de antifascistas perseguiu e espancou os fascistas que ali chegavam. Quando chegou a polícia de intervenção refugiaram-se na Escola de Medicina onde ficaram cercados.

Quatro deles foram detidos sendo que agora apenas duas raparigas ainda não estão em liberdade visto terem sido identificadas por um dos nazis.

Também em Atenas foi convocada uma manifestação antifascista para dia 24 na Praça Amerikis, que é uma zona onde os grupos fascistas têm tido alguma actividade.

Fonte: Occupied London

Retirado de: Contra o Capital

Fórum Antifascista de novo online!

Já se encontra online o fórum Acção Antifascista, para acederem podem ir a http://accaoantifascista.pt.vu/

É necessário o registo para entrar no fórum.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Actualização sobre o julgamento da manif anti-autoritária e anti- fascista do 25 de Abril de 2007

Dia 22 de Janeiro teve início o julgamento dos detidos na manifestação anti-autoritária e anti-fascista de 25 de Abril de 2007.
O julgamento teve lugar no Campus de Justiça de Lisboa, um quarteirão com cerca de 10 edifícios onde se concentram todos os tribunais da cidade. Um local com tudo o que o progresso tem de pior: câmaras de vigilância em cada esquina e onde a arquitectura é o oposto de comunicação, convívio entre as pessoas, alegria e rebeldia.
Durante a sessão foram identificados os arguidos e lida a acusação a cada um deles.
Antes e durante o julgamento foram distribuídos flyers (texto em anexo)
No decorrer deste período, alguns companheiros concentraram-se no exterior do edifício do tribunal com uma faixa que dizia "Hoje como ontem Continuamos na rua Contra toda a autoridade", e gritaram palavras de apoio, como "A liberdade está nos nossos corações, Abaixo os tribunais e todas as prisões".

A próxima sessão ficou marcada para dia 11 de Fevereiro, na qual serão ouvidas as testemunhas da acusação (polícias).

Retirado: Rede Libertária

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

22 Janeiro, Sexta-Feira


1ª sessão do julgamento contra os detidos na manifestação de 25 de Abril de 2007.


Às 9h30, na Gare do Oriente

Continuamos nas ruas!