quarta-feira, 22 de abril de 2009

1º de Maio Anticapitalista & Anti-autoritário - Manifestação - Jardim Príncipe Real – 16h, Lisboa

O 1º de Maio evoca aqueles que morreram na luta contra o capital. Desta forma, nunca poderá ser uma celebração. Por outro lado, em circunstância alguma se deverá homenagear uma das suas formas de escravatura: o trabalho ou o estatuto de trabalhador nos moldes de uma sociedade capitalista e autoritária.

A nossa luta é directa e global, contra todxs xs que nos exploram e oprimem, contra o patrão no nosso local de trabalho, contra o bófia no nosso bairro, contra a lavagem cerebral na nossa escola, contra as mercadorias com que nos iludem e escravizam, contra os tribunais e as prisões imprescindíveis para manter a propriedade e a ordem social.

Não nos revemos no simulacro de luta praticado pelxs esquerdistas, ancoradxs nos seus partidos, sindicatos e movimentos supostamente autónomos. Estes apenas aspiram a conquistar um andar de luxo no edifício fundado sobre a opressão e a exploração, contribuindo para dar novo rosto à miséria que nos é imposta.

Recusamos qualquer tentativa de renovação do capitalismo, engendrada nas cimeiras dos poderosos ou na oposição cínica posta em cena pelos fóruns dos seus falsos críticos. Não tenhamos ilusões. Não existe capitalismo “honesto”, “humano” ou “verde”. A “crise” com que nos alimentam até à náusea não é nenhuma novidade. A precaridade não é só um fenómeno da actualidade, existe desde que a exploração das nossas vidas se tornou necessária à sobrevivência deste sistema hierárquico e mercantil.

Porque queremos um mundo sem amos nem escravos, apelamos à resistência e ao ataque anticapitalista e anti-autoritário. E saímos à rua.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dicas e sugestões para os estudantes transformarem as escolas e o tipo de ensino/educação que lhes é ministrado.

Dicas e sugestões para todos os estudantes, desde os alunos do secundário e básico até aos estudantes do ensino superior, transformarem as escolas e o tipo de ensino e de educação que lhes é ministrado!


Dica nº 1 – Promove o espírito crítico, realiza debates na escola.

Hoje em dia há variados assuntos que os jovens debatem entre si, muitos desses até com bastante relevo, temas tão importantes como a educação sexual, os exames nacionais, o desemprego e outros problemas laborais, ou o ambientalismo.O importante é que mostres aos teus colegas que as opiniões que eles dão em conversas banais podem ser coerentes ao ponto de serem aplicadas num debate mais formal. É necessário então que consigas explicar aos teus colegas que a opinião deles é tão válida como qualquer outra e que portanto podem e devem usa-la em debates.



Dica nº 2 – Há filmes fenomenais que são autênticos retratos sociais e políticos.

Realiza Sessões de cinema na tua escola.Há filmes que levantam questões essências da vida e da sociedade. A exibição de filmes pode ser uma forma essencial de informar, consciencializar e mobilizar os jovens para causas justas. Filmes que fazem os jovens desenvolver o seu pensamento e o seu espírito critico. Por isso realizar ciclos de cinema no auditório da tua escola (normalmente basta pedir ao Conselho Executivo, explicando o que estás a organizar), é uma peça chave para chegares aos estudantes.


Dica nº3 – Faz uma promoção de feriados e dia mundiais importantes.

Celebrações como o dia Mundial dos direitos humanos, o 25 de Abril de 74, o dia Mundial de luta contra a Sida ou o Dia do trabalhador são celebrações que de todo não podem passar ao lado na tua escola por isso aconselhamos-te a fazeres uns cartazes submetidos ao tema para colocares pela tua escola, podes igualmente realizar no âmbito de uma disciplina um debate sobre o tema ou fazer passar um pequeno texto pelas turmas sobre o tema. O importante é que isso não passe ao lado.


Dia nº 4 – Denuncia e apresenta soluções para problemas da tua escola.

Vai constantemente vendo quais são as principais dificuldades dos teus colegas. Todos os dias alguém é discriminado por alguma razão. Sempre que aches coerente podes fazer um panfleto e distribui-lo à porta da escola. Podes também fazer um abaixo-assinado a denunciar o problema e pedir ajuda a colegas para recolher assinaturas e entregar ao Conselho Executivo ou o orgão que pode resolver o problema.É uma forma de ganhares espaço para veres quais as reacções e caso aches coerente realizares uma greve ou outro protesto sobre isso. É importantíssimo que leves sempre amigos contigo.



Dica 5º - Dicas práticas para organizares uma greve e/ou manifestação de estudantes

- Faz cartazes em que menciones que a greve é na tua cidade é importante os jovens sentirem que a greve é marcada pelos estudantes que estão no local. Cola os cartazes por todo o "spot" que encontrares.
- Divulga e convence os teus amigos a mandarem SMS´s
- Cria um panfleto com as principais medidas reivindicativas e com a data e distribuir na hora.
- Vai cedo para a escola com os teus amigos e começa a mobilizar os primeiros que apareçam. Forma com eles um cordão humano para se perceber que se passa alguma coisa.
- Tenta levar um megafone para as pessoas poderem ouvir-vos a reivindicar.
- Faz cartazes e\ou faixas e começa logo a distribuir para o ambiente ser de protesto.
- Convoca todos os media possíveis, locais e nacionais , o que dá incentivo a alguns jovens que sentem que alguém os quer ouvir.
- Organiza o pessoal e avança com a manif.


Dica 6º - Desenvolve na tua escola tácticas criativas de protesto.
Podes por exemplo falar com o responsável pelo grupo de teatro para que façam uma peça sobre racismo, discriminação ou opressão e que a representem para pais professores e alunos. Podes desenvolver por exemplo o dia negro, ou seja, convocares o pessoal todo a trazer uma roupa negra em forma de protesto sobre alguma coisa. Podes apelar a uma Flash-Mob em frente ao teu conselho executivo.
Dica Nº7 - Realização de Abaixo-Assinados e Cartas Formais a Órgãos Executivos
É um grande instrumento para mostrares as tuas reivindicações de uma forma mais formal. A partir de um abaixo-assinado, crias um texto onde explicas o que achas que está errado na tua escola/ensino secundário com um fim concreto e podes também, a partir deste mesmo instrumento democrático, apresentares as tuas propostas. Depois de pronto o texto do abaixo-assinado, é só recolheres o máximo de assinaturas de estudantes que estejam de acordo com o que ele defende (o abaixo-assinado pode, obviamente ser elaborado numa reunião geral de alunos convocada pela Associação de Estudantes).As cartas formais são outra importante forma de expressares as tuas ideias em relação a tudo o que se passa no teu meio escolar e no ensino secundário em geral. Tens variadíssimos endereços com quem contactar - Conselho Executivo, Ministério da Educação, Associação de Estudantes, Movimentos Estudantis, Comunicação Social/Imprensa, Direcções Regionais de Educação, etc...Podes fazer isto através do correio e também por e-mail.
Dica Nº8 - Os direitos das Associações de Estudantes
Todas as escolas têm o direito a ter uma representação dos alunos na assembleia de escola e nada melhor do que uma Associação de Estudantes para responder a essa necessidade. Se a tua escola ainda não tem Associação de Estudantes, formula um abaixo assinado para que seja agendada uma reunião geral de alunos e nessa reunião, serem marcadas eleições e eleita uma comissão eleitoral: Marcadas as eleições, todos os estudantes podem formar a sua lista, que irá a votos. a lista que for eleita tem como direito e dever de defender os direitos dos estudantes dos estudantes. A Associação tem o dever de marcar RGAs para discutir sua actividade. Qualquer estudantes também pode convocar uma RGA recolhendo assinaturas para isso.
Texto retirado do blog http://pimentanegra.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de abril de 2009

G20: MANIFESTANTE MORTO NOS PROTESTOS

Os media ingleses, CNN e Sky News afirmam que uma pessoa, presumivelmente manifestante foi encontrado morto esta noite à poucos minutos na zona do Bank of England onde decorriam os protestos!



Confrontos entre manifestantes e Polícia fazem um mortoLondres assistiu a vários protestos contra a globalização e o capitalismo, que culminaram com a concentração de quatro mil pessoas junto ao Banco de Inglaterra



de pessoas invadiram etsa quinta-feira as ruas de Londres numa série de manifestações coordenadas que terminaram em confrontos com a polícia e durante a noite culminaram com a morte de um protestante, quando era transportado para o hospital.



Durante o dia, seis forças de segurança lideradas pela Polícia metropolitana e contando cinco mil homens não foram suficientes para conter os protestos.



Até ao momento, 24 pessoas tinham sido detidas em frente ao Banco de Inglaterra, onde se concentraram cerca de quatro mil pessoas em protesto contra a globalização e o capitalismo. Os confrontos rebentaram quando um grupo de manifestantes apedrejou o edifício do Royal Bank of Scotland e conseguiram entrar pelas janelas. Polícia de choque encerrou a zona impedindo a passagem de automóveis e manifestantes. Várias pessoas foram apanhadas nos confrontos, incluindo alguns portugueses. "Não tenho medo, mas não estou de acordo com o uso da violência", disse ao JN Francisco Castelo Branco, um jovem estudante português que estava de passagem na área.



Num outro incidente, por volta das 16 horas, várias pessoas ficaram feridas após terem sido travadas pelos bastões da polícia de choque. Uma mulher foi transportada para um hospital local, inconsciente.



Não foram, no entanto, apenas grupos organizados que compareceram no encontro. "Eu não faço parte de qualquer grupo ou organização mas vim aqui hoje para mostrar a minha revolta contra esta situação. Estamos todos cansados destas políticas injustas e isto tem que ser dito", explicou Rob Smith, um técnico informático britânico.



A maioria dos protestos, que começaram logo de manhã, decorreram de forma pacífica e a violência foi provocada por grupos esporádicos. "Estas manifestações são grandes e envolvem muitos grupos, é difícil que não haja confrontos", defendeu o português Guilherme Rosa, que trabalha para um banco luso no centro de Londres. Outro português, Edgar Pegado, defendeu que "a violência, embora não concorde com ela, é uma forma de campa".



Noutras zonas da cidade, cerca de 150 pessoas montaram um campo de protesto pelo ambiente, junto ao European Climate Exchange, e quase duas mil pessoas levaram a cabo uma caminhada que partiu da embaixada dos Estados Unidos até Trafalgar Square. Um mapa com 125 possíveis alvos foi, entretanto distribuído pelos grupos de campanha como forma de encorajamento aos protestos. No final do dia, esperavam-se mais confrontos à medida que as diferentes manifestações se dirigiam para o bairro financeiro da cidade.



A mega-operação policial montada em redor da cimeira custará ao estado britânico quase 8 milhões de euros e envolve o recurso a 3 mil câmaras monitorizadas em directo durante os dois dias.